Pude perceber rapidamente que a declaração do dr. Mohler, na Introdução, de que “todos os cristãos creem em mais do que está contido no Credo dos Apóstolos, mas nenhum pode crer em menos do que contém”, é crucial para o próprio propósito deste livro. Esse resumo clássico da fé cristã apareceu pela primeira vez no século IV d.C. e, desde então, tem sido memorizado, recitado e incluído na adoração dos cristãos.

Muitos declaram que o Credo é tudo em que alguém precisa crer para ser contado entre os crentes verdadeiros, sendo, portanto, a base da unidade cristã. Para esses, trata-se do “cristianismo puro e simples”, que nos une a todos. Alguns afirmaram que os verdadeiros itens inegociáveis estão todos estabelecidos no Credo dos Apóstolos, de modo que qualquer um que concorde com esse antigo credo deve ser abraçado como um cristão verdadeiro.

Na realidade, o Credo deixa de fora doutrinas essenciais, como a autoridade das Escrituras, a depravação do homem, a divindade de Cristo e o meio de salvação, a justificação pela fé. Além disso, contém itens não essenciais, como o papel de Pilatos e a descida ao inferno.

Em 1681, um piedoso teólogo reformado holandês chamado Herman Witsius publicou, em latim, uma série de dissertações sobre o Credo dos Apóstolos (recentemente republicadas em inglês). Ele fez isso para colocar carne teológica nos ossos dessa bela declaração. Em 1800, William Cunningham (um dos fundadores da Igreja Livre da Escócia e autor de Teologia histórica) escreveu sobre o Credo: “Se os homens apelam para o Credo como prova de sua ortodoxia, eles devem, é claro, explicar seu significado”.

É hora de esta geração receber o mesmo presente que aqueles homens deram às gerações anteriores. O dr. Mohler fez isso. Aqui estão percepções novas e doutrinariamente ricas de nosso amigo de confiança e estudioso da Bíblia que, com a luz brilhante de sua mente santificada, ilumina as riquezas descritas nessas palavras antigas. Leia e veja.

John MacArthur