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Senhor, Senhor

Senhor, Senhor

No dia do Julgamento Final, quando Cristo voltar e separar os bodes das ovelhas, pondo as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda, o veredicto eterno será anunciado pelo grande Rei dos Reis (Mateus 25. 31-46). Naquele dia haverá lamento e pranto como nunca antes na história da existência humana. Aliás, jamais em toda a história houve um dia tão horrível para aqueles que insistem em rejeitar a livre oferta do evangelho. A Escritura o chama de “o grande e terrível dia do SENHOR” (Joel 2.31; Malaquias 4.5).

A grande ironia é que os homens que zombavam de Cristo, desprezando todas as advertências para se arrependerem e crerem Nele, o reconhecerão como Soberano Senhor, e o verão, não mais como aquele que é cheio de misericórdia e amor, que os chamava insistentemente para terem vida, mas o contemplarão em sua ira e indignação. Lamentarão profundamente. Eternamente!

Aqueles que falsamente professavam seu nome, também serão lançados no fogo. Os incrédulos clamarão “Senhor, Senhor … Senhor, Senhor … ”, mas serão socorridos porque o tempo de arrependimento já passou. O dia da oportunidade e da salvação foi desperdiçado por eles. Eles ouvirão a sentença proferida por Jesus: “Então, o Rei dirá também aos que estiverem a sua esquerda: apartai-vos de mim, MALDITOS… Para o fogo eterno!” (Mt 25.41). Notem bem as palavras do próprio Cristo. Ele os lançará no fogo eterno, o juízo sem misericórdia e sem escapatória. Fazendo referencia à condenação eterna dos incrédulos, Jesus disse: “muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor …” (Mt 7. 22). É assim que o ímpio será condenado. Ele, antes, reconhecerá o grande Senhor e clamará implorando para ser poupado do juízo de Deus. Como disse Paulo, no dia do juízo todo joelho vai se dobrar diante de Jesus, e “toda língua clamará que Jesus Cristo é Senhor(!)” (Fp 2.10).

Eles clamarão “Senhor. Senhor”, mas já será muito tarde. Os falsos crentes, os falsos mestres, todos que estão na igreja hoje, vestidos com pele de ovelha, enganando e contaminando o rebanho com suas mentiras e erros; todos, sem nenhuma exceção, clamarão na mais profunda agonia: “Senhor, Senhor …” Mas serão condenados por terem desprezado e zombado do Senhor Jesus Cristo e de sua graça, que eles tardaram demais a reconhecer.

Marcus Paixão é pastor da Igreja Batista Bom Samaritano, em Teresina (PI). É fundador do Curso de História e Teologia Batista (CHTB); mestre em teologia pastoral pelo Seminário Servo de Cristo (SP) e Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico do Nordeste - STNe (PI). Formado em História na Universidade Estadual do Piauí - UESPI. É escritor e autor de livros nas áreas de história e teologia.